Ao ler a reportagem "Alergia a Alimento é Mais Raro do Que Parece", publicado na Folha de S.P. Online de hoje, achei interessante comentar sobre esse tema. Afinal, como a própria reportagem indica, muitas pessoas acreditam ter alergia, mas poucos são os casos comprovados, através de testes clínicos.
Acontece que muitos casos são, na verdade, de intolerância ou intoxicação, e acabam confundidos pelos pacientes com a alergia alimentar.
Alergia é uma reação imunológica, causada por proteína presente no alimento, sendo mais comum de ocorrência com crustáceos, suíno, ovo, amendoim, soja, frutas cítricas, leite e farinha de trigo (pacientes celíacos). Obviamente, existem casos decorrentes de outros alimentos, pois cada organismo pode, em qualquer idade, desencadear o processo alérgico. Ainda que o mecanismo seja desconhecido, é possível que a alergia a determinado alimento passe a ter ocorrência somente em uma época da vida.
As reações do processo alérgico são mais agudas, ou seja, quase imediatas: vermelhidão na pele e inchaço (mais preocupante, pois pode causar fechamento de glote e consequente falta de ar).
As alergias também podem ser tardias, que são de mais difícil diagnóstico, pois a pessoa passou a maior parte de sua vida consumindo o alimento. O corpo se acostumou e os sintomas não são tão claros, como na reação aguda. Portanto, somente com exames mais específicos e o acompanhamento de um profissional médico ou nutricionista para a detecção. A conduta é a suspensão do consumo do alimento e de produtos em que esteja presente, com substituição por outros alimentos com características nutricionais semelhantes. Muitas vezes, o paciente pode retornar a consumir o alimento alérgico, após um período de suspensão e de forma não frequente.
Outros casos, a alergia não é do alimento em si, mas dos compostos químicos da agricultura, utilizado na maioria das culturas, principalmente tomate, batata e morango.
Já a intolerância é de ocorrência mais comum. O paciente não se sente bem com o consumo de determinado alimento, mas com sintomas relacionados ao sistema digestório (desconforto gástrico ou intestinal).
Os casos mais comuns são ao consumo de leite (mas não com os derivados), devido a ausência ou baixa produção de lactase, uma enzima responsável pela digestão da lactose, um açúcar específico do leite. Como os iogurtes e queijos passam por um processo de fermentação, que é similar, esses produtos não causam as mesmas reações que o leite.
Mais uma vez, a intolerância a determinado alimento, e seus sintomas, são variáveis em cada paciente e deve ser investigado desde o histórico clínico / nutricional, em consulta.
Eu sou viciada em leite... Nem vem colocar alergia no meio da historia... Agora, dei de 10 a 0 no gluten, não me faz falta alguma, é impressionante. Beijo!
ResponderExcluir